quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ex-policial militar pega 60 anos por assassinatos na Baixada Santista

ALINE MAZZO
do Agora

O ex-tenente da Polícia Militar Alessandro Rodrigues de Oliveira, 33, foi condenado ontem a 60 anos de prisão em regime fechado pela participação na morte, em fevereiro de 1999, de três jovens na Baixada Santista. O julgamento durou 18 horas.

O advogado do PM já apelou pedindo o cancelamento do júri. "Tiveram irregularidades na formulação dos quesitos do júri e a acusação apresentou um vídeo chocante com os cadáveres dos jovens para sensibilizar os jurados", disse o advogado Marcos Ribeiro de Freitas.

O defensor também alega que seu cliente não participou efetivamente dos homicídios. Oliveira e outros três PMs foram condenados pelo assassinato dos jovens Anderson Pereira dos Santos, 14 anos, Thiago Passos Ferreira, 16 anos, e Paulo Roberto da Silva, 21 anos.

O trio foi abordado pelos policiais próximo ao Ilha Porchat Clube, em São Vicente (65 km de SP), de onde saíam de um baile de Carnaval. Eles foram levados para um matagal e mortos com tiros na cabeça. Os corpos só foram encontrados 17 dias depois, em um mangue em Praia Grande (71 km de SP). Os policiais pertenciam ao Regimento de Cavalaria 9 de Junho --que fica na capital-- e estavam no litoral reforçando o policiamento. O crime ficou conhecido como o "caso da cavalaria".

Os quatro policiais --que estão todos presos-- acabaram sendo expulsos da corporação. 

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